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terça-feira, 22 de junho de 2010

CUIDADOS FISIOTERAPÊUTICOS E O PACIENTE COM CÂNCER II


RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS

A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas que complementam os Cuidados Paliativos, tanto na melhora da sintomatologia quanto da qualidade de vida. Entre as principais indicações estão:

Alívio da dor

Dentre as intervenções fisioterapêuticas para a dor a eletroterapia traz resultados rápidos, no entanto traz alívio variável entre os pacientes.
Os métodos de terapia manual podem ser utilizados para complementar o alívio da dor, diminuindo a tensão muscular, melhorando a circulação tecidual e diminuindo a ansiedade do paciente.
Também para diminuição da tensão muscular gerada pela dor, o uso de alongamentos é eficaz e pode ser utilizado com relativa facilidade e baixo custo, sempre que possível com orientação de um fisioterapeuta
As técnicas de relaxamento estão bem envolvidas na prática fisioterapêutica, podendo ser proveitoso otrabalho conjunto com o psicólogo, psiquiatra e o educador físico. Dentre as diversas técnicas cita-se como exemplo as técnicas de terapias manuais, o watsu, o yoga, o relaxamento induzido, o tai-chi-chuan eexercícios físicos.
A atividade física traz vigor e bem-estar a humanos, sendo que a atividade física moderada pode atuar na depressão, ser benéfica para o sistema imunológico e tem sido proposta como aliviadora de estresse emocional.
Em pacientes com diagnóstico de depressão o sistema imune é afetado o que pode influenciar no curso clínico da doença já existente além de possibilitar a ocorrência de doenças oportunistas, diminuindo assim, a qualidade devida destes pacientes.

Atuação nas complicações osteomioarticulares

Pacientes oncológicos têm a Síndrome de Desuso, pelo excesso de descanso e inatividade física, o que pode gerar ou agravar o estado da dor entre outras complicações. A Síndrome do Desuso é composta por
- fraqueza muscular (hipotrofia),
- descondicionamento cardiovascular,
- respiração superficial
- alterações posturais.
A imobilização do sistema músculo-esquelético gera alterações em todos os tipos de tecidos envolvidos, nosmúsculos, nas fibras de colágeno, na junção
miotendinosa, ligamentos e tecido conjuntivo. Os primeiros músculos a serem afetados pelo longo período de repouso são os antigravitacionais e de contração lenta, como o sóleo, eretores da coluna e da cabeça, em seguida são afetados os biarticulares, como gastrocnêmios e reto femoral, e os menos afetados são os de contração rápida.
As mudanças ocorrem em curto período de tempo, e após uma semana de desuso, já aparecem alterações.
Especificamente para os casos de câncer, o desuso pode ser agravado tanto pela quimio ou radioterapia quanto por metástases ósseas, gerando osteopenia e osteoporose. Osteopenia é a causa mais comum de escoliose em adultos após o tratamento de câncer e gera alterações no desenvolvimento ósseo da criança. Além disso, o risco de ocorrer uma fratura secundária ao
câncer deve ser considerado antes de qualquer intervenção terapêutica.
Fraturas patológicas ocorrem entre 8 a 30% em pacientes com metástases, sendo o fêmur o osso mais acometido. A perda da capacidade de andar é freqüente e o tratamento fisioterapêutico deve começar o mais cedo possível para aumentar a funcionalidade e readaptaro cotidiano do paciente, como por exemplo, o treino com a cadeira de rodas.
Exercícios com pesos leves ou moderados para os principais grupos musculares podem ser inseridos, considerando sempre o torque gerado e o estágio que o paciente se encontra. O retorno à atividade gera um processo de regeneração após um período de desuso. Após uma semana, o retículo sarcoplasmático retorna ao normal, aumenta a síntese protéica e o realinhamento das fibras musculares. Atividades com descarga de peso como caminhadas, ciclismo, etc. devem ser inseridas
tanto na fase terapêutica quanto na preventiva. Estes exercícios têm a capacidade de aumentar o estímulo mecânico sobre a articulação o que aumenta a produção de líquido sinovial e aumenta a massa óssea.

Reabilitação de Complicações Linfáticas

A principal complicação linfática originada dos processos oncológicos é o linfedema pós-mastectomia.O linfedema pode ser definido como o acúmulo anormal de líquido rico em proteínas no espaço intersticial decorrente da drenagem linfática deficiente, devido a retirada de nódulos linfáticos axilares juntamente com o câncer ou devido a irradiação terapêutica. O linfedema traz incômodos físicos como diminuição da amplitude de movimento, sobrepeso do membro e assimetria na composição corporal, além disso envolve aspectos emocionais como perda de auto-estima, prejuízo estético e dificuldades para o relacionamento interpessoal e sexual. A fisioterapia tem um papel importante no manejo do linfedema, tanto na prevenção quanto no tratamento. As intervenções com melhor efetividade terapêutica são o uso de bandagens elásticas, a realização de drenagem linfática manual e aparelhos de compressão pneumática. Os métodos são freqüentemente utilizados em conjunto.
Fonte: Revista Brasileira de Cancerologia 2005
Aguardem a etapa III deste artigo sensacional!